Francisco destacou como o Equador e outras nações da América Latina devem enfrentar novos desafios, que requerem a participação de todos os setores sociais.“A migração, a concentração urbana, o consumismo, a crise da família, falta de trabalho, as bolsas de pobreza que geram incerteza”, bem como “tensões que constituem ameaça à convivência social”, foram alguns dos exemplos que apontou.
O papa alertou que “as normas e leis, assim como os projetos da comunidade civil, devem procurar a inclusão, abrir espaços para o diálogo, o encontro, e assim abandonar a dolorosa memória de qualquer tipo de repressão, controle desmedido e restrição de liberdade”.Para Francisco, a esperança de um futuro melhor para esses países começa pela criação de emprego e de crescimento econômico, “mas que não fique nas estatísticas macroeconômicas e que [promova] um desenvolvimento sustentável que gere um consenso social, firme e coeso.”
Na audiência, o papa deu o exemplo de alguns países europeus, onde o desemprego juvenil se encontra entre 40% e 50%. O pontífice citou o fenômeno dos “nem nem”, jovens que nem estudam, nem trabalham e, diante da falta de trabalho, cedem a vícios, à tristeza, à depressão, ao suicídio ou envolvem-se em projetos de “loucura social”.
Fonte: Agência Lusa.
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