Por questões de segurança, todos os itens de um veículo devem
ser testados e aprovados. Já que em aviões não é diferente, saiba como
são os testes de colisão. Antes de ser feita a estreia das aeronaves nas pistas, vários
testes são realizados. Qualidade dos assentos e dos cintos de segurança,
travas das mesas, apoios para copos, resistência do avião
e dos trens de pouso, tudo passa por avaliações rigorosas. Para
posicionar e organizar a nave para os testes faz-se primeiro vários
cálculos matemáticos.
Além de necessários para a segurança dos passageiros, a aprovação em
testes é essencial, pois sem ela as aeronaves não podem ir para o
mercado. As empresas são avaliadas por órgãos reguladores. No Brasil
estas questões são responsabilidade da Anac – Agência Nacional de
Avaliação Civil, e nos EUA, pela FAA. Várias empresas não fazem testes em tamanho real, pois o custo é
muito alto. Geralmente são feitos testes em simuladores digitais, que
remontam com certa precisão as condições reais de cada situação, testes
em miniatura, ou com partes do avião.
TESTES
Cabine e Nariz
Este teste é feito com frangos congelados para saber o quanto o vidro
dos aviões é resistente na cabine no caso de aves acertarem essa área.
Para a avaliação ser considerada boa, as aves não podem atingir os
pilotos. São lançados frangos mortos por meio de um canhão pressurizado a
800 km/h em direção à ponta do avião.
Nanotubos de carbono são grandemente utilizados na substituição de
vidros, por ser um material muito resistente. Quando vidros são usados,
normalmente colocam camadas e mais camadas sobrepostas para diminuir o
atrito das batidas.
Dummies
Assim se chamam os bonecos usados em teste. Eles são diferentes dos
utilizados em testes de outros veículos, pois as consequências também
são diferentes em aeronaves. Um sensor na cabeça serve para dizer a que
velocidade está o avião no momento do pouso forçado. Assim, se o teste
mostrar que o impacto causado pela velocidade for maior do que o corpo
pode sofrer, a equipe terá de investir em mais segurança nos cintos e
acessórios de emergência.
Assentos
Neste teste os lugares para o passageiro são lançados ao chão para
testar a resistência. Primeiro sensores que marcam a velocidade são
adicionados aos assentos. Estes são presos com cabos a uma altura de
mais de 70 m. O assento é solto e momentos antes do impacto,
desprende-se o cabo. Assim, analisam os instantes em queda sem os cabos.
Se o assento mantém a aceleração prevista, é aprovado.
Pouso forçado em solo
Em caso de pouso de emergência, os aviões precisam ser resistentes.
Neste teste a força g que o avião pode aguentar é medida. Para preservar
os passageiros, fibra de vidro é bastante utilizada, pois protege
melhor contra o impacto.
Pouso forçado na água
Uma das maiores vantagens de pousar na água é que ela por si já
absorve o impacto do pouso. Para este teste miniaturas das aeronaves são
utilizadas, proporcionais em tamanho e peso. Mergulhando as miniaturas
ou partes do avião em tanques, é possível averiguar se o veículo
permanece na superfície por tempo o bastante para que os passageiros e a
tripulação saiam.
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