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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O mistério do Disco de Nebra

O disco misterioso foi encontrado por caçadores de tesouros, no final do século XX, em um sítio pré-histórico nos arredores da colina de Mittelberg; perto da cidade de Nebra (em Sachsen Anhalt, 270 km a sudoeste de Berlim, Alemanha). Trata-se de uma placa de bronze com aplicações em ouro. O Disco de Nebra é considerado a mais antiga representação astronômica já encontrada, misturada a símbolos religiosos. Pode ter sido criado durante a Idade do Bronze europeia, entre 2100 e 2700 a.C., já que os metais da liga (cobre e estanho) começaram a ser explorado no continente nesta época, na região de Mühlbach, na Áustria.
disco-de-nebra
As incrustações em ouro foram aplicadas em diversas datas posteriores, provavelmente de acordo com o avanço das observações do cosmos. O Disco de Nebra foi enterrado por volta de 1600 a.C., juntamente com outros artefatos, como lanças e espadas de bronze e machados. Atualmente, a peça pertence ao acervo do Museu Pré-Histórico de Sachsen Anhalt e está avaliado em 11,2 milhões de dólares.

História de detetive

Os saqueadores tentaram comercializar o Disco de Nebra, juntamente com espadas, machados, cinzéis e fragmentos de pulseiras, oferecendo as peças a arqueólogos locais. Foram surpreendidos com a notícia de que os objetos não poderiam ser vendidos porque, de acordo com a legislação, qualquer peça relacionada a prováveis descobertas arqueológicas pertence ao Estado em que foi encontrada. Anos mais tarde, em 2003, os “caçadores de aventura” tentaram apelar mais uma vez para o mercado paralelo e começaram a negociar com um colecionador suíço de antiguidades; queriam vender as peças por 300 mil euros. O colecionador, no entanto, era colaborador da polícia alemã e fazia parte de uma armadilha para atrair a quadrilha, que foi presa imediatamente.

As características do Disco de Nebra

A placa apresenta formato circular de 64 cm de diâmetro e é mais espessa no centro (4,5 mm, contra 1,7 mm nas extremidades). O Disco de Nebra pesa dois quilos. Durante a manufatura, e peça foi aquecida diversas vezes, para evitar possíveis rachaduras. Os escavadores do Disco de Nebra, no entanto, não seguiram as boas regras da Arqueologia; durante as escavações, um pedaço da borda externa da peça foi danificado. Uma extensão considerável do disco foi perdida, juntamente com uma das estrelas. Nos detalhes em ouro, foram acrescentados e alterados diversos elementos. A composição inicial apresentava uma circunferência maior à esquerda (o Sol ou a Lua Cheia), uma Lua Crescente à direita e 32 pequenos discos espalhados por toda a superfície do disco, prováveis representantes das estrelas visíveis no hemisfério Norte (de 12 deles, restaram apenas as marcas da incrustação).

Entre estes pequenos círculos, sete deles estão entre o Sol e a Lua e provavelmente representação a Constelação das Plêiades. Atualmente, apenas sete estrelas estão visíveis, mas é possível que, na Idade do Bronze, outra delas fosse mais brilhante. Uma prova disto é que os antigos gregos batizaram o conjunto de “Sete Irmãs”. Os demais pontos não podem ser identificados no céu do sul alemão; provavelmente, são apenas elementos decorativos. Posteriormente, foram incluídos outros dois semicírculos, nas extremidades direita e esquerda, com ouro de outra proveniência: são os Arcos do Horizonte, que representam o nascer e o pôr do Sol. A última alteração foi um semicírculo no canto inferior, com ouro extraído também em outro local, que representa uma Barca Solar, o navio onde viajam os deuses.
blogadão

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