Havana
(RV) - Graças ao Papa Francisco, em Cuba “respira-se ar de esperança
pelas novas passibilidades de diálogo com os EUA”: afirma o bispo de
Guantánamo-Baracoa, Dom Wilfredo Pino Estévez.
Numa mensagem difundida em vista da iminente viagem apostólica do
Papa Bergoglio à Ilha caribenha, de 19 a 22 de setembro, o prelado
recorda “a mediação” da Santa Sé no processo de instauração das relações
diplomáticas entre Washington e Havana e define como sendo “muito
importante” a atuação do Papa “na busca da reconciliação e da paz entre
os dois povos”.
Ser misericordiosos não é uma escolha, mas um imperativo
Em seguida, detendo-se sobre o lema da viagem apostólica,
“Missionário da Misericórdia”, o bispo de Guantánamo reitera a
importância de dar o próprio coração aos outros para contrastar as
muitas misérias do mundo de hoje: trata-se de “misérias morais,
espirituais, sociais, intelectuais, materiais”, evidentes na
“insensibilidade das pessoas diante da dor humana” e na “violência à
flor da pele em família, no trabalho, nas comunidades”.
Daí, o chamado a ser misericordiosos porque “não se trata de uma
escolha, mas de um imperativo” dado por Jesus aos homens: “Sede
misericordiosos como o Pai”.
Olhar para a Virgem da caridade do Cobre, Padroeira de Cuba
Olhando para a Virgem da caridade do Cobre, Padroeira da Ilha e cuja
festa se celebra em 8 de setembro, o prelado convida os fiéis a verem
n’Ela “uma Mãe” à qual confiar todos os problemas: “o salário que falta,
as dificuldades matrimoniais, a casa em más condições, um filho que não
chega, problemas de saúde, os jovens desempregados, os desentendimentos
com quem está ao nosso lado”.
Pedindo a intercessão de Maria, Dom Estévez exorta os cubanos a se
esforçarem a “ser melhores”, “a não deixar-se vencer pelo mal, pelo
contrário, a vencer o mal com a força do bem”, a “ter a consciência
tranquila”, cuidando da “educação religiosa dos filhos contra a inveja
que cresce e se difunde” no seio da sociedade.
Crescer na fé e na esperança
Por fim, junto a toda a Conferência Episcopal Cubana, o bispo de
Guantánamo faz votos de que “os ensinamentos que o Papa Francisco
deixará na Ilha impulsionem todos a crescer na fé e na esperança”,
aprendendo a “ter um coração cheio de misericórdia”.
O auspício conclusivo é de que a bênção pontifícia possa chegar
também aos doentes, detentos e a todos aqueles que não poderão
participar dos encontros com o Papa Francisco. (RL)
(from Vatican Radio)
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