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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O que fazer com as Carroças?


Está escrito no site da Prefeitura de Natal quando fala da história da Mobilidade Urbana em Natal: "A história do trânsito e do transporte coletivo em Natal nasce com a circulação dos primeiros carros de boi e carroças puxadas a burros - entre os séculos XVI e XVII. A capital potiguar, como diria mestre Câmara Cascudo, era uma 'fazenda iluminada a querosene' ".

O uso de carroças nos remete aos tempos medievais. Natal mudou muito desde o século XVI, mas, infelizmente, ainda encontramos Veículos de Tração Animal nas principais vias da cidade. Dois mundos convivendo ao mesmo tempo, no mesmo cenário.

Existem em Natal aproximadamente 700 (setecentos) carroceiros, segundo cadastramento feito pela URBANA. É um número semelhante ao da frota de Ônibus das linhas urbanas de Natal. Infeliz coincidência.

O uso de carroças deveria ser abolido em nossa cidade, é uma medida necessária por uma série de motivos e iremos aqui destacar somente os mais contundentes. É claro que a retirada dos Veículos de Tração Animal (VTA) deve ser gradativa, precedida de uma legislação adequada e planejamento estratégico, envolvendo diversos órgãos da administração municipal, como por exemplo, URBANA, SEMSUR, SEMOB E SEMTAS.

Elaborar um bom projeto de recolocação social e profissional para 700 pais de família não é uma tarefa das mais difíceis. Principalmente se não se tentar inventar a roda e tentar reenquadrar os carroceiros em sua própria atividade. A maioria dos carroceiros trabalha carregando lixo.

O primeiro passo é cadastrar as carroças e carroceiros e só autorizar a circulação na cidade das que estiverem licenciadas e identificadas. Feito isso fecha-se um ciclo. Em seguida, devemos ter um programa para reempregar os proprietários. Esse programa deve ser feito em uma parceria da URBANA com a SEMTAS, exigindo-se que as empresas terceirizadas que prestam serviços a esses órgãos contratem preferencialmente os trabalhadores oriundos desse projeto. Uma vez feito isso, a carroça deve ser recolhida e desmontada. Gradativamente todas serão retiradas de circulação.

Paralelo a isso, os animais devem ser encaminhados para o Centro de Zoonoses, para tratamento adequado. Hoje, a maioria desses animais tem somente a metade da expectativa de vida da espécie.

Os pobres animais que são usados nas carroças tem um tratamento que não deve mais ser tolerado pela sociedade, muito menos pelo Poder Público. São abandonados, mal alimentados e não possuem nenhum cuidado veterinário.

Um vídeo postado no Youtube pelo veterinário natalense William de Miranda Bonfim retrata com precisão a forma cruel e inadequada a qual esses animais são relegados.

Diferente do que alguns imaginam os carroceiros mais atrapalham do que ajudam a coleta de lixo da cidade, pois geralmente despejam o resíduo coletado no primeiro terreno baldio que encontram no caminho.

Cenas de crianças trabalhando em carroças, às vezes com adultos, outras sozinhas, são comuns em algumas ruas dos bairros mais elitizados de Natal. A primeira medida a ser tomada no projeto de retirada gradual das carroças das vias movimentadas é afastar as crianças desse perigo imediatamente. Os motivos mais evidentes são a falta de segurança para uma criança andar em uma carroça no trânsito e o óbvio: O LUGAR DELAS É NA ESCOLA.

Sair da idade média é fundamental para melhorarmos nossa MOBILIDADE URBANA.

Nominuto

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