Roberto Lucena - repórter
Chapéu na mão, enxada no chão. Os olhos voltam-se para o céu em busca de nuvens carregadas que não estão lá. O azul do céu limpíssimo, apesar de bonito, aterroriza. Ao mesmo tempo, mãos calejadas são erguidas e ouve-se um lamento seguido de uma prece. Do alto, espera-se o milagre que há mais de dois meses não se repete. Por falta d'água, a plantação morreu e o gado começa a passar sede. O cenário, nos últimos dias, se repete em vários municípios do Rio Grande do Norte. A famigerada e temida seca desafia, mais uma vez, o sertanejo potiguar.
Homens como o agricultor Antônio Ambrósio, do sertão do Seridó, depositam as esperanças em Deus. "Só a Ele a gente pode recorrer nessas horas de sofrimento", diz.
A falta de chuva traz outras consequências que não estão restritas à lida do campo. Em algumas cidades, falta água nas torneiras e a procura pelo líquido essencial à vida causa transtornos e desespero. Açudes estão secando e obras de adutoras, que poderiam amenizar o problema, estão paradas há muito tempo.
Na última quinta-feira o Governo do Estado decretou Estado de Emergência em 139 municípios do RN.
Leia mais...Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário