Não, não é piada. Na verdade se trata de coisa séria. A transfusão de cocô, ou bacterioterapia fecal - como é chamada no meio médico, é utilizada para curar pessoas.
Conheça mais sobre a bacterioterapia fecal
Pois apesar de nojento esse procedimento médico existe de verdade. A transfusão de cocô, ou bacterioterapia fecal – também conhecida como transplante fecal – foi desenvolvida por um médico australiano e faz exatamente isso: transferir as fezes de uma pessoa para o intestino de outra. Isso porque a flora bacteriana saudável do doador tem a capacidade de restaurar a flora do paciente.
Como a transfusão do cocô é feita?
Agora, vamos falar da parte mais difícil do tratamento: a transfusão é feita… pelo nariz. Sim, as fezes são implantadas no intestino do paciente através de um tubo colocado nas vias nasais. Será que a pessoa que passa pelo transplante consegue sentir o cheiro?
Primeiro é preparada uma mistura de 30 gramas de cocô com 50 ml de solução salina. O resultado é um líquido fedido, que é filtrado para retirar as partes sólidas que restaram das fezes do doador. Então o médico coloca mais ou menos 25 ml dessa mistura com uma seringa (como a da foto) no tubo que foi colocado no nariz do doente.
Esse tubo vai até o estômago, onde o “líquido” vai ser digerido e passar para o intestino, atuando na flora intestinal do paciente.
Acredita-se que a colite ulcerosa seja causada em parte por uma predisposição genética, que pode ser “ativada” por razões externas. Embora nem sempre tenha cura, ela é facilmente tratada – além do método descrito acima também é possível fazer tratamento com o uso de anti-inflamatórios e corticosteroides (uma forma mais agressiva, mas que controla bastante bem a doença). A mudança na alimentação do paciente também faz muita diferença. Em alguns casos, no entanto, é necessário fazer a retirada do cólon por meio cirúrgico (isso nos casos malignos da enfermidade).
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