Em estudos recentes, cientistas tiveram a chance de analisar o interior do crânio e do cérebro de animais que haviam sofrido uma concussão cerebral e conhecer seus danos permanentes.
Uma concussão cerebral acontece quando o cérebro é empurrado contra o crânio, depois que a cabeça é batida ou sacudida com força. Esse tipo de lesão é bastante comum em quem praticaesportes de contato, como futebol e hóquei, por exemplo. Mas embora seja comum, ter esse tipo de contusão repetidas vezes pode causar danos permanentes ao cérebro – como dificuldades para pensar e falhas na memória.
Mas até pouco tempo os cientistas não tinham ideia do que acontece exatamente no cérebro depois de uma concussão. Isso porque o cérebro de um ser vivo é difícil de ser estudado. Em algumas experiências realizadas com animais os especialistas chegaram a remover porções do cérebro deles para ver o que acontece depois de algumas concussões seguidas, mas a própria remoção do cérebro causa danos a ele, sendo assim fica difícil saber o que é dano do procedimento e o que é dano causado pela concussão.
No caso de concussão, o corpo faz uma verdadeira campanha para reparação dos danos através do envio de células imunitárias do sangue e do cérebro para reparar e preencher as membranas que se desgastaram. Mas o processo é muito lento, permitindo que o excesso de radicais livres passe através dessas membranas enfraquecidas e migrem para o tecido cerebral, onde causa a morte das células longe do local onde o impacto se originou.
Além de permitir aos cientistas visualizar exatamente o que acontece, o experimento também mostrou novas possibili dades de tratamento, como tentar reduzir o número de radicais livres agrupados perto do cérebro – o que poderia diminuir os danos posteriores. Para testar essa possibilidade, eles inseriram grandes quantidades de um poderoso antioxidante no espaço existente entre o crânio e o cérebro dos animais. Assim, se viu a absorção dos radicais livres pelo antioxidante e uma diminuição drástica dos traumas associados com o impacto no cérebro. Os ratos que receberam esse tratamento imediatamente após a concussão perderam 70% menos células cerebrais do que os ratinhos não tratados.
No entanto, essas descobertas ainda são preliminares e restritas apenas aos cérebros dos ratos de laboratório, não podendo ser testadas no cérebro humano. Mas os resultados são animadores e fizeram com que os pesquisadores programassem outra série de experimentos para entender melhor o que acontece durante uma concussão cerebral, além trazer a possibilidade da criação de adesivos antioxidantes para serem fixados no couro cabeludo, e que podem ser tão eficazes quanto o procedimento realizado com os ratos. Os novos resultados desses estudos devem ser apresentados já em 2014.
Bologadao.com
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