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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Curiosidade: A história do dinheiro

Meio usado para a troca de produtos, o dinheiro existe desde que o homem começou a produzir mais do que necessitava.

A história do dinheiro acompanha o homem desde antes do surgimento da nossa espécie. Desde que um caçador tivesse conseguido caçar dois coelhos e um colega do grupo, dois cachos de frutas, eles podiam decidir trocar os produtos – e esta é uma forma de negócio, que envolve valor.
Mas a humanidade logo percebeu que não podia viver apenas do que estava disponível na natureza. Nem sempre manadas e outros grupos de animais estavam disponíveis e a maioria das plantas dava frutas apenas em determinada época. Este foi o motivo do surgimento da agricultura; mesmo rudimentar, ela permitiu que as primeiras tribos se fixassem na terra. Surgia a civilização e começaram a surgir o excesso de produção – idêntico aos dois peixes do primeiro parágrafo, mas em escala muito maior.
A história do dinheiro
Os povos não evoluíram historicamente de forma homogênea: os grandes impérios da Antiguidade, como o Egito e a Suméria, conviveram com pequenas cidades-estado, com aldeias sem unidade política e grupos nômades e seminômades (estes últimos mudavam-se sempre que havia necessidade de encontrar novos pastos).

O escambo

Este motivo determinava uma produção econômica muito variada – e de valor também diferente. Grandes culturas estocavam grãos, como trigo e centeio, enquanto os demais grupos podiam ter um supérfluo na colheita de determinadas raízes consideradas valiosas, de pescado ou caça. Com o aumento da população e a aproximação territorial dos grupos começaram a surgir as primeiras trocas em escala comercial.
O escambo era a simples troca de mercadorias, sem precificação (fixação de valor). Assim, três tigelas podiam equivaler a um cavalo. Uma saca de grãos, a um conjunto de botões de osso. Isto rapidamente gerou insatisfação, especialmente entre os produtores – os coletores demoraram mais para entender que produtos e serviços têm valores diferentes, em função da quantia, raridade e tempo destinado à manufatura. Com o surgimento das primeiras caravanas comerciais a necessidade de uniformizar pagamentos se tornou ainda mais premente.

A moeda como mercadoria

Foi uma ideia que surgiu entre vários povos em épocas diferentes. O gado foi um dos mais utilizados: uma rês podia equivaler a cinco sacas de grãos, por exemplo. Bois, cavalos, cabras e carneiros tornaram-se mais valiosos, porque apresentavam algumas vantagens: facilidade de transporte, possibilidade de reprodução e prestação de serviços, como condução de cargas e pessoas.
A história do dinheiro
O sal também era considerado precioso, principalmente no interior dos continentes, onde era uma substância rara e muito importante, já que era usado na conservação dos alimentos (o sal retira a umidade da carne e assim impede – ou reduz significativamente – a proliferação de fungos e bactérias). Entre outros povos, o sal ficou famoso por se tornar parte da remuneração dos primeiros soldados romanos. A palavra salário tem origem no termo “in pretio salis”: pagamento em sal.
Outras mercadorias que se tornaram uma espécie de padrão monetário são o bacalhau seco (entre os povos nórdicos), mandíbulas de porco, azeite, fumo, peles de animais, conchas e até crânios humanos. Mais recentemente, o chocolate circulou entre os astecas, civilização cujo auge ocorreu entre os séculos XIV e XVI. Quando o espanhol Hernán Cortez e seus homens ocuparam Tenochtitlán, a capital do império centro-americano, encontraram um estoque de amêndoas de cacau, no palácio imperial, estimado em 1.200 toneladas.

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