Daniela Christina Schwarzenegger, de 34 anos, trocou a pequena Muerzzuschlag, em Styria, na Áustria, por Parajuru, um distrito do município de Beberibe, distante 120 quilômetros de Fortaleza. O lugar tem apenas seis mil habitantes e é um paraíso do surf com ventos fortes e constantes, mar tranquilo e águas quentes.
Em 2006, Daniela, deixou as montanhas da Áustria para dar aulas de inglês, alemão e técnicas de hotelaria na praia do litoral leste cearense da qual nunca tinha ouvido falar. Encontrou um mar de cor esverdeada e dunas de areia que mudam de lugar a cada dia, gostou da vida simples que as pessoas levavam, mudou de religião e casou com um dos brasileiros a quem ela ensinava.
Em 2006, Daniela, deixou as montanhas da Áustria para dar aulas de inglês, alemão e técnicas de hotelaria na praia do litoral leste cearense da qual nunca tinha ouvido falar. Encontrou um mar de cor esverdeada e dunas de areia que mudam de lugar a cada dia, gostou da vida simples que as pessoas levavam, mudou de religião e casou com um dos brasileiros a quem ela ensinava.
A origem dessa história está em sua cidade natal de apenas 10 mil habitantes – um destino turístico encravado em uma montanha e repleto de lagoas e florestas. Lá, ela concluiu o curso técnico em hotelaria de três anos e foi trabalhar em um hotel na pequena Muerzsteg, uma cidade vizinha. Todo dia percorria 20 quilômetros de Muerzzuschlag para Muerzsteg.
Essa rotina durou anos e quando mudou foi de forma radical. A proprietária do estabelecimento em que ela trabalhava na Áustria comprou uma pousada em Parajuru e precisava de alguém para capacitar a mão-de-obra local e transformar o lugar em um hotel. Daniela fez isso e, hoje, é uma das administradoras da pousada.
Essa rotina durou anos e quando mudou foi de forma radical. A proprietária do estabelecimento em que ela trabalhava na Áustria comprou uma pousada em Parajuru e precisava de alguém para capacitar a mão-de-obra local e transformar o lugar em um hotel. Daniela fez isso e, hoje, é uma das administradoras da pousada.
“
Não tinha nenhuma imagem do Brasil quando cheguei aqui. Só conhecia do Brasil o futebol. Mas adorei este lugar desde o primeiro dia. Gostei da simplicidade”
A paixão
Sem saber sequer apontar a localização do lugar no mapa, Daniela se propôs a vir, passou três meses e voltou para a Europa. “Não tinha nenhuma imagem do Brasil quando cheguei aqui. Só conhecia do Brasil o futebol. Mas adorei este lugar desde o primeiro dia. Gostei da simplicidade”, conta a austríaca, hoje bronzeada pelo sol que não dá descanso o ano inteiro no Ceará. “Mas nesses três meses me apaixonei por João Ennio, por Parajuru e estamos juntos até hoje. Isso foi muito importante para a minha decisão de vir trabalhar aqui”, conta a austríaca.
João era um dos alunos que ela ensinou quando veio para o trabalho temporário. Com ela, ele aprendeu a falar alemão e inglês, depois virou chefe de cozinha de um dos restaurantes do hotel e passou a dar aulas de surf para os visitantes. E ele e a família também a ensinaram. “Nos primeiros meses morei na casa do meu namorado junto com a família dele. Eu queria conhecer como era vida aqui. Foi assim que eu aprendi português”.
Sem saber sequer apontar a localização do lugar no mapa, Daniela se propôs a vir, passou três meses e voltou para a Europa. “Não tinha nenhuma imagem do Brasil quando cheguei aqui. Só conhecia do Brasil o futebol. Mas adorei este lugar desde o primeiro dia. Gostei da simplicidade”, conta a austríaca, hoje bronzeada pelo sol que não dá descanso o ano inteiro no Ceará. “Mas nesses três meses me apaixonei por João Ennio, por Parajuru e estamos juntos até hoje. Isso foi muito importante para a minha decisão de vir trabalhar aqui”, conta a austríaca.
João era um dos alunos que ela ensinou quando veio para o trabalho temporário. Com ela, ele aprendeu a falar alemão e inglês, depois virou chefe de cozinha de um dos restaurantes do hotel e passou a dar aulas de surf para os visitantes. E ele e a família também a ensinaram. “Nos primeiros meses morei na casa do meu namorado junto com a família dele. Eu queria conhecer como era vida aqui. Foi assim que eu aprendi português”.
A mudança na vida da austríaca não foi somente geográfica. Ela passou por profundas transformações em seu estilo de vida. “Consegui me sentir feliz sem o conforto da Áustria, sem shopping e cinema. Aprendi a viver com pouco. Não precisamos de luxo. Raramente compro roupas”, conta. Até de religião ela mudou. “Na Europa, eu era católica, mas não frequentava a igreja. Aqui no Brasil, eu me converti e agora sou evangélica”. A família não se opôs a mudança. O pai já até veio ao Brasil para fazer uma visita. Além disso,
Daniela volta uma vez por ano para matar a saudade.
Cinco anos após aportar no Ceará, ela diz que o idioma foi apenas um dos novos aprendizados e compara as formas como brasileiros e europeus encaram os percalços. “A força das pessoas carentes e a felicidade delas me surpreenderam. Um europeu que precisa viver pobre já entra em depressão, mas pessoas daqui nunca desistem”, conta. “Eu tenho saudades das florestas verdes e das flores do campo. Às vezes, da comida. Mas gosto das pessoas de Parajuru, da praia, do sol, dos rios e do mangue. Caso eu volte um dia para Áustria, garanto que voltarei uma pessoa melhor”, diz ela.
Fonte:Daniel Aderaldo, iG Ceará-Ultimosegundo
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