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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Prestes a receber uma UTI Neonatal,Caicó é referência em pesquisa que aponta realidade das mortes de recém-nascidos no RN

                            

Caicó vive a expectativa da inauguração da primeira UTI Neonatal do município.  O Governo promete para o dia 25 de dezembro a abertura do complexo, que funcionará no hospital do Seridó. Os equipamentos já estão na cidade e, ao que tudo  indica, de fato, a UTI vai ser posta em funcionamento este ano. Porém, nem só de equipamentos e estrutura vive uma UTI Neo. Ela precisa do mais importante dos materiais. O humano, ou seja, de nada adianta se montar o aparato tecnológico da Unidade, se não tem ninguem para operá-lo. Esse é ponto de honra para o sucesso da UTI Neo em Caicó. Haverá pessoal especializado, disponível  24 horas por dia, a disposição de mães e recém-nascidos  caicoenses?

Dentro desse contexto tão atual em Caicó,  é que nesta terça-feira (13)  o Comitê Estadual de Mortalidade Materna e Neonatal promoveu, no auditório da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), mais uma reunião mensal para discutir as questões relacionadas aos óbitos de mulheres e crianças no Rio Grande do Norte.  Nesse encontro, a capital seridoense foi citada como uma das três cidades do RN  nas quais se realizou uma pesquisa que é, sobretudo,  um registro de tudo o que já foi feito no RN, em termos de redução da mortalidade. O trabalho  servirá de base para que se possa melhorar e cumprir as recomendações indicadas pelo estudo de melhorias nesse setor tão delicado da sociedade. O direito ao ato de nascer.

A pesquisa foi realizada, entre os anos de 2005 e 2006, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com o Ministério da Saúde e Sesap. Os dados foram coletados nos estados de Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Norte e, em caráter de teste, na Indonésia e Moçambique. A conclusão da pesquisa foi apresentada, em 2006, em Genebra, na Suíça e a publicação do relatório final foi feita em 2010.

O principal objetivo do estudo era identificar e analisar as principais barreiras existentes nas leis que asseguram o direito à assistência integral à saúde da mulher, além de identificar os grupos mais vulneráveis no acesso a este sistema. O levantamento foi feito em duas partes. A primeira avaliava o contexto jurídico do país em relação à redução da mortalidade, e a segunda parte analisava o esforço dos governos na melhoria dos índices de mortalidade e os indicadores de saúde dos municípios pesquisados.

No RN, foram pesquisados, além de Caicó, os municípios de Natal e João Câmara. De acordo com os dados levantados, as principais causas de mortalidade materna e neonatal tem relação direta com o acesso e a qualidade da atenção em saúde. Entre as principais causas de óbitos maternos estão: transtornos hipertensivos, abortos, hemorragias e complicações pós-parto. Já entre os recém-nascidos as principais causas de morte são: problemas respiratórios, má formação, pré-maturidade, baixo peso, complicações maternas e infecções perinatais.
Fonte:V&C Artigos e Notícias

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