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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Rosalba minimiza perda do novo Porto

Para governadora, decisão de cortar obra de expansão do orçamento foi lógica e aposta em outras prioridades                        
O veto da presidente Dilma Rousseff à construção de um novo porto em Natal, incluído nos cortes no orçamento para obras de infraestrutura, foi encarado com naturalidade pela governadora Rosalba Ciarlini. A chefe do executivo estadual argumentou que por não ter um projeto pronto, nem licitado, o porto teve outras obras colocadas à sua frente. "O que ela fez foi uma coisa muito prática, lógica", afirmou a governadora ontem em visita ao canteiro de obras da Arena das Dunas. Ciarlini calcula que será necessário mais um ou dois anos para que o empreendimento, na margem esquerda do Rio Potengi, tenha condições de ser licitado.


Vista da área na margem esquerda do Potegi pretendida pela Codern para receber ampliação do Porto de Natal. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press
De acordo com Rosalba Ciarlini, por se tratar do orçamento para esse ano, o mais sensato é direcionar os investimentos para "onde as coisas estão acontecendo e deixar as previsões para o futuro". Os acessos do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, além da duplicação da BR-101 e as obras da BR-304 foram colocados como prioritários pela governadora. "Isso sim são obras que estão acontecendo e estão licitadas", argumentou. Mesmo concordando com a atitude da presidente, a chefe do executivo ainda acredita no projeto para o futuro. "Se não acontece nesse ano, deve acontecer no próximo", concluiu.

Na avaliação do titular da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Benito Gama, o novo porto é um projeto "irreversível". Para o secretário, mesmo com a perda é preciso continuar trabalhando. "Não é um indicador que não vá ter porto. É importante que a bancada federal lute para reverter", ressalta. De acordo com Benito Gama, esse processo é natural em todo grande projeto. Ele comenta ainda a discussão em torno do empreendimento ser tecnicamente viável. "É até melhor que a margem direita, pois é mais profundo e tem uma retroárea maior", afirma. Segundo Benito, o governo não descarta uma Parceria Público Privada (PPP) com grupos estrangeiros para erguer o porto.
Solução
A construção de um ponto de embarque e desembarque na margem esquerda do Rio Potengi é visto como a solução para os problemas de escoamento de mercadorias e equipamentos. A Susa Mineração, que no ano passado exportou cerca de 70 mil toneladas de minério de ferro via Porto de Natal, deixou o claro o interesse no empreendimento quando assinou o protocolo de intenções com a governadora Rosalba Ciarlini. A indústria eólica é outra que vem demandando uma melhor infraestrutura portuária para escoar equipamentos.

Emerson Fernandes ressaltou viabilidade econômica da obra. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press


Com investimento estimado em R$ 2 bilhões, fruto de emendas parlamentares, o novo porto teve o corte justificado pela ausência de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, segundo anunciou a presidente ao comentar os vetos às obras de infraestrutura no orçamento. Além do novo porto, foram cortados projetos como o ramal Paraíba da ferrovia Nova Transnordestina
 
Felipe Gibson
felipegibson.rn@dabr.com.br

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