Cinco dos fugitivos estavam detidos por roubo. Já quatro foram presos por envolvimento com o tráfico de drogas. Um deles, além dos dois crimes, cumpria pena também por furto, porte ilegal de arma de fogo e homicídio. Os dois recapturados, Ederson Neves dos Santos e Glaysson Ferreira da Silva, estavam presos por homicídio e porte ilegal de arma, respectivamente.
Nesta manhã, Glaysson afirmou que a fuga foi facilitada por seis agentes penitenciários, que teriam recebido dinheiro dos presos. Ele ainda contou que integrantes do Grupo de Intervenção Tática (GIT) têm o hábito de insultar e espancar os detentos do centro de reclusão. As agressões estariam ocorrendo há sete meses e, conforme o detento recapturado, vários colegas de cela dele já tiveram membros do corpo quebrados pelos agentes. Por meio de nota, a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) informou que as últimas equipes da segurança que estavam de plantão serão ouvidas e que será aberto procedimento interno para apurar o ocorrido.
Além de fazer essas denúncias, Glaysson revelou detalhes sobre a fuga. Segundo ele, 12 presos da sala 7 do pavilhão 6 estavam há 45 dias cavando um túnel em uma área externa do presídio, que é usada para descarga de alimentos e objetos. O buraco aberto tem 15 metros e 60 centímetros de comprimento e 80 centímetros de diâmetro.
Conforme o preso, toda a terra, que ocuparia a carroceria de três caminhões, foi escondida dentro da cela. Todos os dias, os detentos prensavam a terra em cima das beliches e no chão do banheiro. Devido ao armazenamento do material, os presos ficaram esses 45 dias sem tomar banho e dormindo no chão. A vistoria periódica no pavilhão, segundo o detento, teria sido suspensa devido ao pagamento que os agentes receberam.
Glaysson Ferreira Silva foi recapturado às margens da BR-040, bem perto do presídio. Um casal de irmãos e um cunhado do detento foram presos, suspeitos de ajudar na fuga. O trio foi detido na mesma rodovia.
O outro detento recapturado foi localizado em uma mata próximo ao centro de reclusão. Em meio ao mato, os policiais encontraram um uniforme da Suapi e um celular, no qual foi encontrada uma SMS com o seguinte conteúdo: “Vem no sentido de Neves porque BH está lombrado”. Quem enviou a mensagem foi uma pessoa com apelido de “Boca”, que ainda não foi identificada ou presa.
Veja as fotos dos detentos que ainda estão foragidos:
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