Washington - Na conversa de uma hora e meia com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca, a presidenta Dilma Rousseff cobrou ontem mais responsabilidade do colega no enfrentamento da crise econômica mundial e isentou a China de todas as consequências nefastas pela desvalorização artificial de sua moeda. "Precisamos ter clareza de que a responsabilidade de todos nós, nesse processo de contenção da crise, de retomada (do crescimento) é compartilhada. Ninguém pode falar: `Não, eu não tenho responsabilidade, não tenho nada com isso. Não é bem assim", disse Dilma, em entrevista.
Roberto Stuckert Filho/ABr
Dilma com Barack Obama, na Casa Branca: cobranças políticas e parcerias comerciais com os EUA
Dilma com Barack Obama, na Casa Branca: cobranças políticas e parcerias comerciais com os EUA
Descontraída, ela chegou a usar uma expressão mineira (Joãozinho do passo certo) para dizer que ninguém é dono da verdade e afirmou que o Brasil não tem apenas divergências com os Estados Unidos. "Não podemos acreditar - principalmente nós, as duas maiores democracias do continente -, que todo mundo é Joãozinho do passo certo. Nós não somos Joãozinho do passo certo, nem do passo errado."
Apesar da ressalva, a presidenta disse a Obama que o receituário de ajuste fiscal para economias em situação de crise, e também para as superavitárias, não faz sentido. Foi nesse momento que ela cobrou mais investimentos. "Apostar só em políticas monetárias expansionistas leva a um verdadeiro tsunami monetário", insistiu Dilma, repetindo a expressão usada desde o encontro que manteve com a chanceler da Alemanha, Ângela Merkel, no mês passado.
Leia mais...Aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário