Mês de junho é mês de festa. Conheça um pouco sobre a origem das festas juninas.
Festas para comemorar o solstício de verão – 21 de junho – já ocorriam na Grécia antiga. Era a comemoração do retorno de Perséfone, filha da deusa Deméter, à superfície terrestre. De acordo com o mito, Hades, deus dos infernos, passeando pela terra, apaixonou-se por Perséfone, raptou e levou-a aos seus domínios.
Com o advento do Cristianismo, a Igreja passou a absorver as tradições pagãs e adaptá-las ao calendário. Na península Ibérica (Portugal e Espanha), as festas se cristianizaram e passaram a reverenciar santos católicos.
Na época da colonização portuguesa, quando estas festas chegaram aqui, as influências europeias eram bastante fortes. A dança marcada tem origem na “quadrille” francesa, dança para quatro pares comum no século 19, fortemente influenciada pela contradanças inglesas. Nas quadrilhas atuais, acaipiradas pelos costumes brasileiros, muitos termos franceses ainda estão presentes, como o “tour” (passeio), balancê e outros. No Brasil central, a festa ganha o nome de saruê, uma variação do “soirée”, a festa noturna francesa.
Os fogos de artifício, comuns nas homenagens a Santo Antônio, São João e São Pedro, tornaram-se comuns no Brasil com a chegada de imigrantes chineses (inventores da pólvora) à América.
A estes elementos, foram adicionadas influências indígenas e africanas, tornando a festa junina brasileira um evento diferente e, mesmo aqui, há diferenças entre as festas de região para região.
As maiores festas juninas acontecem na região Nordeste brasileira. A festa de São João realizada anualmente pela Prefeitura de Campina Grande (PB) é considerada a maior do mundo. Ma existem rivais à altura, como a festa de Caruaru. Na região Sudeste, a maioria das festas é organizada por escolas, clubes e igrejas, mas no interior de São Paulo e Minas Gerais acontecem autênticas festas caipiras. Seja qual for o local da festa, as roupas típicas são uma clara referência à origem campestre.
No mês de junho, os arraiais são montados em praticamente todo o Brasil, com adaptações regionais. Por exemplo, os nordestinos dançam forró e os gaúchos, fandango. Mas, qualquer que seja a forma, a diversão barata e simples está garantida.
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