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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Evento politico na Câmara de Ipanguaçu termina em pancadaria

 

Tumulto e quebra quebra na Câmara de Ipanguaçu (foto Keyson Cunha)
O que era para ser um momento de exercício da democracia virou tumulto, com direito a agressões físicas, quebradeiras e outras baixarias. O cenário foi a Câmara Municipal de Ipanguaçu, onde o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ipanguaçu promovia evento com os dois candidatos à prefeitura da cidade na noite da última terça-feira (11).
Vereador Gordo reclama da situação (foto Keyson Cunha)
A intenção do Sindicato era entregar uma “carta de compromisso” ao prefeito Leonardo Oliveira (PT), candidato à reeleição, e à ex-primeira-dama Rizomar Barbosa, que busca eleger-se pela primeira vez. No documento, reivindicações ao próximo gestor municipal.
Na oportunidade, cada um dos candidatos teria tempos iguais para falarem aos presentes. Um sorteio definiu que o primeiro seria o prefeito. Iniciaram-se, neste momento, as agressões através de palavras de baixo calão desferidas pelos simpatizantes da candidata oposicionista.
Os xingamentos só cessaram quando as agressões passaram para o plano físico.  O vereador Batista Lobo (PSD) foi agredido pelas costas pela mãe de uma candidata a vereadora oposicionista. Os óculos do edil se quebraram. O vereador Jaíres Azevedo (PSB), também da situação, teve a camisa rasgada.
Os organizadores tentaram dissipar a confusão, sem sucesso. A confusão só aumentava. Os candidatos deixaram o local às pressas, enquanto copos de vidro eram arremessados para todos os lados, cadeiras e mesas viradas e murros trocados.
Até mesmo um furto foi registrado: levaram o gravador de voz utilizado pela assessoria de comunicação da campanha da situação. Foi necessária a decisiva intervenção dos policiais militares do Grupo Tático Operacional para que a baderna cecesse.
“Fico triste, não pelas questões dos candidatos, eles estavam levando o ato a serio. Mas alguns populares começaram a tumultuar e terminou em uma coisa de entristecer. O Sindicato estava ali não para fazer comício, mas para ouvir os candidatos, suas propostas para os servidores. Foi uma coisa muito desrespeitosa. A gente não teve como controlar. E ao final era para ser assinada a carta de compromisso, o que não aconteceu, prejudicando a todos os servidores”, lamenta Serjane Araújo, presidente do Sindicato.
Populares com ânimos exaltados (foto Keyson Cunha)
Entre os presentes, muitas críticas. “Quiseram fazer um evento democrático, mas não houve respeito. Infelizmente, é preciso reconhecer que se chegou ao ponto de ter que impedir a entrada de militantes em um evento como esse. Um lado respeitava, mas o outro não. No final, todos perderam a razão”, disse um popular, que preferiu não se identificar.
Os prejuízos foram inúmeros, mas, principalmente, o patrimonial, para a Câmara e o povo, e o moral, para todos os envolvidos.



Fonte: Retrato do Oeste/Jornal De Fato/Cézar Alves

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