Foto © NASA
O robô Curiosity, que chegou a Marte há cerca de um mês, acaba de "cheirar" a sua atmosfera, absorvendo o ar do planeta vermelho com o objetivo de revelar os diferentes gases existentes na sua composição.
De acordo com a BBC, esta é a primeira vez que a química da atmosfera marciana é testada diretamente a partir da superfície do planeta desde o programa norte-americano Viking, que, na década 70, enviou para Marte dois aparelhos espaciais para fotografar e estudar o planeta.
O ar absorvido recentemente pelo Curiosity, foi enviado para o Sam - Sample Analysis at Mars, instrumento que se destina a desvendar os elementos que o compõe. A análise está atualmente a decorrer e, embora não se prevejam grandes surpresas - já que o dióxido de carbono irá dominar - os cientistas estão curiosos quanto à deteção de eventuais sinais de metano.
A curiosidade deve-se ao facto de este gás ter sido detetado em Marte há pouco tempo por satélite e via telescópios terrestres. Uma vez que, por norma, o metano tem uma vida curta, a sua persistência sugere que o "stock" é reposto de alguma forma, quer seja de forma biológica ou geoquímica, algo que os cientistas pretendem apurar através do Curiosity.
Segundo Joy Crisp, cientista da missão Curiosity, citada pela BBC, os resultados do primeiro teste deverão ser divulgados na próxima semana. Porém, a responsável disse aos jornalistas que as conclusões definitivas acerca da existência de metano no planeta vermelho deverão demorar mais tempo.
O Curiosity está, neste momento, a mais de 100 metros do local próximo da Cratera Gale onde aterrou no início de Agosto. Esta semana, o robô deixou as suas primeiras "pegadas" em Marte, mostradas por imagens de satélite da NASA e já consideradas equivalentes às deixadas na Lua em 1969.
Boas Noticías.pt/
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