O governo vai lançar na próxima segunda-feira o Programa Mais Médicos para o Brasil, que prevê a ampliação de vagas de residência médica e contratação de milhares de médicos, inclusive profissionais estrangeiros. O anúncio será feito no Palácio do Planalto pela presidente Dilma Rousseff e os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Educação, Aloizio Mercadante.
Os objetivos do programa, segundo o governo, são
melhorar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) e a formação dos
médicos brasileiros. As propostas foram apresentadas pelo governo no fim
de junho, em um pacote de anúncios para melhoria dos serviços públicos
em resposta às manifestações que ocorreram no País.
A contratação de médicos estrangeiros é o ponto mais
polêmico do programa e tem sido alvo de críticas de associações de
médicos. Segundo Padilha, os médicos estrangeiros serão contratados para
trabalhar em regiões pobres e no interior do País, quando as vagas não
forem preenchidas por brasileiros.
Os profissionais estrangeiros vão passar por treinamento
durante três semanas em universidades brasileiras para avaliar a
capacidade de se comunicar em língua portuguesa e as habilidades em
medicina. Só após o treinamento começarão atender aos pacientes. Os
estrangeiros atuarão apenas na atenção básica à saúde e pelo período de
três anos.
Entidades contrárias à medida, como o Conselho Federal
de Medicina, argumentam que o problema da falta de atendimento à saúde
no interior do País se deve à falta de estrutura e não de médicos, e
exigem que os profissionais estrangeiros passem pelo Exame Nacional de
Revalidação de Diplomas Médicos, o Revalida, antes de começarem a
trabalhar no Brasil.
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Agência Brasi
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