São Paulo (10) – Novas observações obtidas pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) deram aos astrônomos a melhor vista de sempre de uma estrela gigantesca que
formar-se no seio de uma nuvem escura. Descobriu-se um útero estelar
com cerca de 500 vezes a massa solar – o maior alguma vez descoberto na
Via Láctea – que ainda está a crescer. A estrela embrionária no seio da
nuvem alimenta-se vorazmente do material que cai para o interior.
Pensa-se que esta nuvem irá dar origem a uma estrela muito brilhante com
uma massa que poderá atingir as 100 massas solares.
As estrelas mais brilhantes e de maior massa da nossa Galáxia
formam-se no interior de nuvens escuras e frias, no entanto este
processo mantém-se envolto tanto em poeira como em mistério [1]. Uma
equipa internacional de astrônomos utilizou o ALMA para fazer uma
ecografia em microondas de modo a ter uma ideia mais clara sobre a
formação duma destas estrelas gigantescas, localizada a cerca de 11 000
anos-luz de distância, numa nuvem conhecida como Nuvem Escura de Spitzer (sigla do inglês, SDC) 335.579-0.292.
Existem duas teorias para a formação de estrelas de massa muito
elevada. Uma sugere que a nuvem escura progenitora se fragmenta, criando
vários núcleos pequenos que colapsam por si próprios, formando
eventualmente estrelas. A outra é mais dramática: uma nuvem inteira
começa a colapsar, com o material a deslocar-se rapidamente para o
centro da nuvem, criando nessa região uma ou mais estrelas de massa
muito elevada. A equipa liderada por Nicolas Peretto do CEA/AIM
Paris/Saclay, França e Universidade de Cardiff, Reino Unido, compreendeu
que o ALMA era a ferramenta perfeita para descobrir o que se está
realmente a passar no interior destas nuvens.
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