É isso mesmo que você leu, Martha Mason teve paralisia na infância em decorrência da poliomielite, precisando ficar imobilizada por 61 anos em uma espécie de pulmão de ferro para conseguir sobreviver por mais tempo. Apesar do “pequeno” problema, Martha viveu plenamente, estudou e se formou no ensino médio e superior com honras. Gostava de ser anfitriã de diversos jantares e escreveu um livro chamado “ “Breath: Life in the Rhythm of an Iron Lung”” – em tradução literal “Respiração: A vida no ritmo de um pulmão de ferro” – na qual retratou sua história, seus desafios e sua alegria em viver.
A história da vida de Martha Mason
Martha nasceu no dia 31 de maio de 1937, em uma pequena cidade chamada Lattimore, nos EUA. Sua vida mudou completamente aos 11 anos de idade, logo após a morte de seu irmão em decorrência da pólio que o paralisou e fatalmente ocasionou sua morte. Após o enterro, a até então menina Martha percebeu que também contraiu o vírus, já que tinha os mesmos sintomas da doença do irmão, mas manteve em segredo para não angustiar ainda mais seus pais. “Eu sabia que tinha poliomielite. Eu não queria que ninguém soubesse”, escreveu em seu livro. Em sua casa já tinha o tal aparelho apelidado de pulmão de ferro, utilizado por seu irmão por algum tempo, mas ficou despreocupada por achar que tinha excelentes pulmões. Logo depois lá estava ela imobilizada no dispositivo médico que ajuda pessoas paralisadas respirarem pela diminuição e aumento da pressão no interior do tanque de ferro. Os médicos estimaram somente mais um ano de vida, mas Martha viveu plenamente por praticamente toda sua vida, graças sua vontade de viver, curiosidade e interesse de aprender cada vez mais.
Com a ajuda de sua mãe e os colegas de escola, Martha terminou em primeira da classe no ensino médio e depois se formou em duas faculdades. Após os estudos, deu inicio ao trabalho de escritora para um jornal local, em que ditava as palavras para sua mãe. Isso continuou até que sua mãe ficou muito ocupada ajudando seu pai que tinha ficado inválido após sofrer um ataque cardíaco. Em meados dos anos 90, Martha voltou a escrever com a ajuda de um computador por voz ligado à internet. Ela então começou a trabalhar em um livro de memórias dedicado à sua mãe.
Apesar de sua vida limitada, Marta viveu feliz entre as pessoas que a amavam. Ela gostava de organizar jantares e encontros do clube do livro em sua casa. Estudou, viajou e até casou. A Sra. Mason falece em 2009, aos 71 anos, depois de passar 61 anos imobilizada em um pulmão artificial de ferro. “Estou feliz com quem sou. Eu não teria escolhido esta vida, com certeza. Mas dada esta vida, eu provavelmente tinha a melhor situação que poderia pedir”, disse em 2003.
Martha Mason tem muito a ensinar as pessoas, principalmente aquelas que têm uma vida ilimitada e não vivem plenamente. Ótima lição de vida.
Fonte: Washington Post, New York Times
Fotos: Wake Forest University, DailyMail
Fotos: Wake Forest University, DailyMail
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