Waedson Huerlley tem 19 anos e nega o crime. Ele está preso em Patu.
Sanclea Dantas, de 32, levou três tiros. Ela estava grávida do suspeito.
Anderson Barbosa
Do G1 RN
Foi indiciado por homicídio qualificado o principal suspeito de matar a tiros a emprega doméstica Sanclea Fernandes Dantas, de 32 anos, assassinada na madrugada do dia 11 de agosto em Patu, cidade da região Oeste potiguar. A vítima, segundo a família, estava grávida de três meses. O pai do bebê seria o próprio suspeito, Waedson Huerlley Araújo da Silva, de 19 anos. Preso horas depois do crime, ele nega ter matado a ex-namorada. O processo está publicado no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.
O relacionamento havia terminado fazia um mês e, de acordo com a polícia, a doméstica vinha recebendo ameaças por conta do fim do namoro. Waedson permanece detido do Centro de Detenção Provisória da cidade. A diretoria do CDP disse que o suspeito está encarcerado numa cela comum junto com outros detentos.
A avó do rapaz, a aposentada Francisca Araújo, defende o neto. Ao G1, ela disse que "ele não faria isso. Não é dessas coisas".
O crime
Sanclea Fernandes Dantas foi morta a tiros na madrugada do dia 11 de agosto deste ano, em Patu. Grávida de três meses do próprio suspeito, ela levou três tiros quando chegava na casa de um amigo. Waedson Huerlley Araújo da Silva, de 19 anos, nega o crime. "Ela estava em uma festa com amigas e saiu para a casa de um amigo, onde iria dormir. Um homem chegou em uma moto e atirou três vezes nela", afirmou o delegado Sandro Régis. Familiares da vítima afirmam que a doméstica sofria ameaças do ex-namorado.
O delegado descobriu que o suspeito também estava na boate na noite do crime. "Também soubemos que ele saiu de casa em uma moto e chegou em outra. Com ele, a polícia apreendeu uma moto roubada. A diretoria do CDP disse que o suspeito está encarcerado numa cela comum junto com outros detentos.
Sanclea trabalhava como empregada doméstica em Mossoró, também na região Oeste potiguar. “Ela estava em Patu de folga”, contou o delegado. Ela e Waedson haviam terminado um namoro fazia um mês. “As pessoas dizem que ele não se conformava e dizia que iria matá-la caso ela namorasse outra pessoa”, acrescentou Sandro Régis.
Vítima planejava fuga
De acordo com o delegado, a mulher para quem Sanclea trabalhava em Mossoró afirmou que a empregada doméstica havia pedido demissão uma semana antes do crime. "Ela pediu que Sanclea ficasse pelo menos até a quarta (7). Nesse dia, a vítima chegou a Patu e no fim de semana foi morta", relatou o delegado.
Sanclea planejava viajar para Brasília, onde mora a irmã dela. A história da fuga é confirmada pela tia, Maria de Fátima Dantas, de 49 anos. "Sanclea não aguentava mais as ameaças. Ele disse que ia atrás dela aonde fosse, que não haveria perdão", diz. Ao delegado, o suspeito disse que não sabia da gravidez de Sanclea.
Família relata ameaças
A tia da vítima, Maria de Fátima Dantas, de 49 anos, conta que as ameaças eram feitas por mensagens e ligações. "Tínhamos conhecimento do relacionamento, mas não sabíamos que era algo tão sério. Ninguém achava que ele seria capaz de fazer isso", afirma. Após o crime, as suspeitas da família caíram sobre Waedson, com o qual Sanclea teve um relacionamento. "Com as ameaças só podemos achar que foi ele", diz.
O relacionamento entre Sanclea e o suspeito havia terminado há um mês. Eles se encontravam desde a época em que o jovem estava preso por roubo. "Soube por algumas amigas que ela levava comida para ele na delegacia", acrescenta a tia.
Sanclea estava no terceiro mês de gestação e já tinha um filho de 16 anos. De acordo com a tia, ela trabalhava em Mossoró, na região Oeste potiguar, como empregada doméstica, e viajava para Patu nos fins de semana. "O pai dela faleceu e a mãe mora em Belém", explica Maria de Fátima
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