Governo do estado promete entrega de parte das vias até março de 2014.
Novo aeroporto, em São Gonçalo do Amarante, começa a operar em abril.
Do G1 RN
Com apenas 20% dos trabalhos executados, a construção de acessos ao novo aeroporto do Rio Grande do Norte, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, pode prejudicar os passageiros durante para a Copa do Mundo de 2014. Não existe nenhuma outra via que possa ser utilizada para deixar o aeroporto rumo a Natal, onde fica a Arena das Dunas, palco de quatro partidas do Mundial.
O G1 publica, entre 9 e 15 de dezembro, uma série de reportagens sobre os preparativos para a Copa do Mundo de 2014. Segundo levantamento, 75% das obras de mobilidade estão atrasadas ou foram descartadas.
A obra foi licitada em 2009, mas só teve início em agosto de 2013. O prazo para conclusão atual do acesso norte é em março de 2014. Do acesso sul, será em maio. O primeiro pouso no novo aeroporto está marcado para o dia 3 de abril, quando apenas um acesso estará concluído.
O projeto, orçado em R$ 73 milhões, prevê a construção de 33,7 quilômetros de estrada duplicada, ligando o aeroporto à BR-406 pelo acesso norte e às BRs 304 e 226 pelo acesso sul.
O diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Rio Grande do Norte, Demétrio Torres, afirmou ao G1 que o prazo de execução da obra era de 24 meses após a licitação, mas dívidas do estado junto ao Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias (Cauc) emperraram a obra. "O projeto foi licitado e ficou na prateleira", afirma.
Além disso, a segunda colocada na licitação, EIT, assumiu a entrega depois da desistência da primeira colocada, a Queiroz Galvão. Isso porque o contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal (CEF) foi assinado no dia 1º de abril, quando já não havia mais os 24 meses necessários para a execução da obra.
O governo do estado, então, propôs à Queiroz Galvão que realizasse a obra em 11 meses, menos da metade do prazo do edital que era de 24 meses. "Como o regime seria diferente, a empresa pediu a readequação dos preços da planilha, mas não tínhamos condições de fazer isso", diz Torres.
O governo consultou a segunda colocada, que aceitou. A ordem de serviço foi assinada em 6 de abril, mas a obra só começou de fato em agosto.
Até novembro, haviam sido executados o desmatamento e a terraplanagem da área. Ainda deve ter início a construção da base e do asfalto dos acessos. "Preocupação sempre existe, mas por enquanto está tudo dentro do planejado", afirma Torres.
O consórcio Inframérica, responsável pela construção parcial, manutenção e exploração do novo aeroporto, informou por meio de sua assessoria de imprensa que "está acompanhando de perto a questão dos acessos junto ao governo do estado, que já está com todo o dinheiro liberado e as obras andando".
Já a assessoria da Secretaria Nacional de Aviação Civil informou que o órgão "está convicto de que os acessos serão construídos dentro do prazo e estarão prontos para a Copa do Mundo".
O aeroporto de São Gonçalo do Amaranteestá com 69% das obras concluídas. Segundo o Inframérica, o terminal estará pronto para atender à demanda da Copa do Mundo. Já a conclusão do terminal de cargas está prevista para abril de 2014.
O aeroporto terá capacidade para receber 6,2 milhões de passageiros por ano. Serão oito pontos de embarque, 45 balcões de check-in, 10 quiosques de autoatendimento, 22 elevadores, oito escadas rolantes e cinco esteiras de restituição de bagagem.
O consórcio, composto pelas empresas Infravix, controlada pelo Grupo Engevix, e Corporación América, terá investimento de R$ 410 milhões na obra até a Copa do Mundo.
"Teremos um novo e moderno aeroporto para alavancar o potencial turístico do Rio Grande do Norte. O estado tem uma posição geográfica privilegiada para ser porta de entrada e saída a países da Europa e outros destinos", diz o CEO da Inframérica, Alysson Paolinelli.
"Colocaremos à disposição dos usuários e das companhias aéreas uma infraestrutura de excelência. O aeroporto estará apto a receber a maior aeronave comercial do mundo, o Airbus A 380. Teremos também um terminal de cargas com capacidade de processamento de 10 mil toneladas por ano, o que dará ao estado condições de exportar seus produtos com uma logística mais eficiente e adequada", completa
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