De acordo com a pediatra e chefe da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital, Paula Pires, quando a mãe recebeu a informação de que o filho teria alta da UTI e seria levado à enfermaria, ela disse que “não queria ficar com o menino”.
— Quando ela falou, chorei muito e até conversei com o meu marido para ficarmos com ele. Recebo ligações diárias de pessoas que querem adotar o menino. Não só os médicos e os enfermeiros se apegaram a esta criança. As mães de outros pacientes e os funcionários do hospital também se sensibilizaram com a história. Mas hoje [sexta-feira,10] a avô veio ao hospital e disse que tem interesse em ficar com a criança.
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A osteogenese imperfeita é uma doença genética que não tem cura e exige um tratamento com uma equipe multidisciplinar, com ortopedista, nutricionista, fisioterapeuta e fonoaudiologia, segundo explica a especialista. No Brasil, estima-se que a doença acomete uma a cada 20 mil pessoas.
— A deficiência ocorre por uma deficiência na produção de colágeno, que deixa os ossos fracos. Algumas crianças que nascem com esta doença morrem nos primeiros dias de vida, mas estamos apostando e queremos que este menino sobreviva.
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Tratamento
De acordo com Paula, o bebê deve receber alta médica nas próximas semanas, após se recuperar da terceira fratura no braço esquerdo durante uma brincadeira.
— A medicação endovenosa, administrada a cada dois meses, tem como função reduzir o risco de fraturas. Os efeitos colaterais da medicação são febre, dor, mal-estar e insuficiência respiratória.
Conselho cuida do caso
Em dezembro, o caso do menino foi parar no Conselho Tutelar de Goiás. Segundo a conselheira tutelar, Divina Pereira dos Santos, o hospital informou o órgão, após a mãe dizer que não queria ficar com o filho.
— A mãe até visita o menino periodicamente no hospital, mas não está junto sempre. Nosso trabalho agora é orientar a família para que eles aceitem o bebê. A mãe alegou que não tem também condições financeiras de cuidar, mas somente isso não é motivo para uma mãe querer doar. Para isso existem os programas de ajuda do governo, e ele tem direito aos benefícios.
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Apesar de a mulher ter afirmado que gostaria de dar o filho para doação, a conselheira afirma que isso não “será tão fácil”.
— Há dificuldades de abrigo para acolher crianças com necessidades especiais. E não é qualquer abrigo que está pronto para receber, não é qualquer família que vai querer adotá-lo.
A questão foi encaminhada ao MP-GO (Ministério Público de Goiás) que também cuidará da questão.
Do R7
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