Digitar uma mensagem de texto no celular pode te fazer andar igual a uma pessoa bêbada, apontou um estudo não tão recente. Agora, estudos mais atuais, mostram que também podem te fazer andar igual a um robô.
Mesmo que todos eles fossem experientes na arte de enviar mensagens de texto, nenhum deles conseguia andar normalmente enquanto usava o celular. Inconscientemente, eles se desviavam de seu caminho e não conseguiam andar em linha reta. A cabeça deles não ficava como deveria. Ao invés de ficar parada, ela girarava para manter os olhos fixos nas telas touchscreen. Os braços, a cabeça e o tronco, ao invés de moverem-se livremente – como acontece quando caminhamos sem realizar outra atividade -, ficaram rígidos, como os de um robô.
Esss mudanças observadas pelos pesquisadores, embora pareçam pequenas, podem colocar os pedestres em risco. Isso porque a pessoa tem a sensação de que ainda está andando em linha reta, mas não está. Assim, a pessoa pode se desviar completamente de sua rota e sofrer um acidente.
Ainda não está claro para esses pesquisadores porque a forma de andar das pessoas fica diferente (eles usam o termo “distorcida”) quando elas estão enviando uma mensagem de texto. Uma possibilidade é a de que o movimento extra que a cabeça faz envia informações equivocadas para o aparelho vestibular (que fica no ouvido interno e envia sinais para o cérebro sobre a posição do corpo no espaço). Isso pode deixar mais difícil a tarefa de andar em linha reta. Ou realizar duas tarefas ao mesmo pode oprimir o cérebro, fazendo com que ele opte priorizar a atividade com as mãos ao invés da caminhada.
O movimento anormal realizado pela cabeça também atrasaria uma possível reação da pessoa ao perceber que ela não está caminhando como deveria. E essa demora é suficiente para causar um acidente se a pessoa estiver caminhando muito próximo de uma rua, por exemplo.
O aumento do movimento da cabeça relatado no estudo “é uma coisa péssima para a marcha”, diz April Chambers, da Universidade de Pittsburgh, que também é especialista e, embora não tenha participado da pesquisa, apontou uma possível solução para o problema, ao dizer que as novas descobertas “destacam a necessidade de se colocar o telefone para baixo do rosto, muito mais do que as pessoas costumam colocar.”
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