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quarta-feira, 4 de março de 2015

O que a Igreja pensa sobre os católicos não praticantes?

Trata-se de um termo informal. Na verdade, não existem católicos não praticantes, apenas fiéis que se afastaram da Igreja. Os católicos não praticantes são pessoas que, apesar de terem sido batizadas e de se autodeclararem católicos, não cumprem as normas definidas pela tradição da Igreja. Em outras palavras, não exercem a religião em sua plenitude. De acordo com o Credo de Niceia, adotado pelo primeiro concílio cristão da história (realizado em 325) representa a profissão de fé da Igreja Católica. Na prece, os fiéis reafirmam, durante a missa, a crença na Santíssima Trindade, no sacrifício de Jesus para salvar a humanidade, na atuação do Espírito Santo, na salvação através da Igreja, nos santos reunidos no paraíso, na ressurreição da carne e na vida eterna, entre outros dogmas.


A comunidade cristã

Para participar desta comunhão, é preciso cumprir os sacramentos: batismo, eucaristia, confirmação, confissão, matrimônio, ordem e unção dos enfermos. Os católicos devem observar o domingo (dia da ressurreição de Jesus) e os dias de guarda. Os não praticantes muitas vezes passam semanas ou meses sem se confessar e comungar, contrariando estas determinações da Igreja. No entanto, de acordo com a crença católica, quem é batizado por um sacerdote será sempre católico. O batismo seria uma marca espiritual e, mesmo cometendo pecados que comprometam a salvação, católico não praticante continua fazendo parte da comunidade. Os que renegam totalmente a religião são considerados apóstatas e os que não seguem as orientações do papa em matéria de fé são cismáticos. 

Falta de prática Atualmente, muitos se declaram católicos, especialmente em recenseamentos e pesquisas, como a realizada pelo Instituto Datafolha, em 2013, que indicou: 57% dos brasileiros dizem seguir a religião, mas, desta faixa da população, apenas 17% frequentam a Igreja mais de uma vez por semana, 28% vão às missas semanalmente e 21%, apenas uma vez por mês. De um modo geral, os católicos brasileiros estão distantes das missas, do dízimo e desenvolvem opiniões divergentes sobre temas polêmicos, como o aborto, o casamento gay e a eutanásia. Entre 1994 e 2013, o número total de fiéis caiu quase 20 pontos percentuais (de 75% para 57%). Um terço afirma contribuir regularmente com as obras assistenciais, mas um número semelhante diz não oferecer nenhum tipo de contribuição.

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