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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Macarrão não denunciou Bola por medo de morrer: "Ele, eu não entrego"


Luiz Henrique delatou o goleiro Bruno, mas fez silêncio sobre o executor de Eliza Samudio.
Advogado da mãe de Eliza conta como negociou confissão com Luiz Henrique Romão

Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, condenado a 15 anos de prisão pelo sequestro e morte de Eliza Samudio, não denunciou o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, por medo de morrer. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (28) pelo advogado José Arteiro, assistente da acusação e defensor da mãe de Eliza, Sônia Fátima de Moura.

O advogado diz que conversou com Macarrão por 40 minutos no dia da confissão e o instruiu a denunciar o goleiro Bruno e Bola para pegar uma pena mais branda. Segundo Arteiro, Macarrão escolheu não incriminar o ex-policial.

- Eu enchi a bola dele: "Estão falando que você é gay, mas você é homem, tem família, dá uma resposta pra eles. O Bruno te largou e você vai ser sacrificado no lugar dele. Olha o tanto de advogado que eles trouxeram, armaram um circo para fugir do julgamento e te deixaram aqui. Você sabe o que aconteceu, rapaz, entrega o Bruno e o Bola". Arranquei a confissão em 40 minutos, o que ninguém conseguiu nesse tempo todo.

Segundo Arteiro, Macarrão se negou a delatar Bola por medo de morrer.

- Aí ele me respondeu: "Tenho um medo danado dele, doutor. O Bola eu não entrego. Eu não vivo mais uma semana se eu falar, ele manda alguém me matar".

Para Arteiro, Macarrão sabia que Bola e o ex-policial José Lauriano de Assis, o Zezé, estavam dentro do Palio de cor preta que buscou Eliza na região da Pampulha. Zezé, que chegou a prestar depoimento na fase de inquérito, voltou a ser investigado pela Polícia Civil e, com a condenação dos outros réus, será denunciado pelo Ministério Público.

O temor pela reação dos ex-policiais parece rondar os envolvidos no crime. A mãe de Eliza, Sônia Moura, também evitou mencionar o nome de Marcos Aparecido em entrevistas. "Sobre o Bola eu não vou falar nada. Isso eu deixo para os meus advogados", declarou.

Para o delegado Edson Moreira, Bola é um assassino frio e dissimulado.

- Ele é um profissional do crime de homicídio. Ele chora e dá uma de coitadinho na sua frente e se transforma na hora do crime.

Outro lado
Um dos advogados de Marcos Aparecido, Ércio Quaresma, evitou comentar as declarações de Arteiro.

- Não vamos fazer nenhuma declaração sobre isso.

As técnicas usadas para desvendar um crime teriam sido usadas para esconder um homicídio? Marcos Aparecido dos Santos, 49 anos, foi policial militar em São Paulo e Minas Gerais, além de policial civil em Minas, onde treinou o grupo de elite GRE (Respostas Especiais) e fez cursos de medicina legal e investigação. Bola foi expulso das três corporações.

Assista ao vídeo no R7.com

Fonte: R7.com

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