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sábado, 6 de dezembro de 2014

Você Conhece as Histórias sobre santos padroeiros?

Os santos padroeiros são entidades da Igreja Católica invocados em locais e situações especiais. De acordo com a tradição católica, os padroeiros, também chamados de patronos ou oragos – a última palavra deriva de “oráculos” –, são anjos e santos a quem são dedicadas determinadas localidades ou templos (inclusive capelas e santuários).

Histórias sobre santos padroeiros

O que é santo?

A Igreja considera santos todos aqueles que, antes da vinda do Messias, praticaram as virtudes cardeais, que potencializam todas as demais virtudes humanas (prudência, justiça, força e moderação) e, com o advento da Era Cristã, também as virtudes teologais (fé, esperança e caridade).
No entanto, o título “santo” só é concedido formalmente para quem viveu no “tempo da graça”, que começa com o nascimento de Jesus (com exceção dos ascendentes diretos). Existe ainda uma condição: estes fiéis precisam ter aceitado Jesus como seu senhor e salvador e ter acreditado em alguns dogmas fundamentais, como a Santíssima Trindade (Deus pai, filho e espírito santo), a autoridade da Igreja, a comunhão dos santos, a ressurreição da carne e a vida eterna.
Estes são alguns dos conceitos definidos durante o Concílio de Niceia (atual Iznik, Turquia, em 325), convocado pelo imperador Romano Constantino I. Foi a primeira reunião de bispos para definir a unidade cristã. O “Credo de Niceia” é rezado em todas as missas católicas.
A mesma prece cita que Jesus foi “crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos e ressuscitou ao terceiro dia”. Para a tradição cristã, todos os justos que morreram antes de Jesus (que também experimentou a morte física), foram elevados juntamente com ele ao Paraíso. Antes do sacrifício do Cristo, as cortinas do céu estavam cerradas para os mortais.

Os santos

De acordo com as crenças católicas (seguidas em parte pelas igrejas Ortodoxa e Anglicana), santos são as personagens piedosas que figuram no Novo Testamento, como os pais de Jesus (José e Maria), os avós maternos (Joaquim e Ana), os evangelistas, apóstolos e algumas santas mulheres (como Maria Madalena e Marta, irmã do ressuscitado Lázaro, também canonizado).
Também foram considerados santos os primeiros papas, considerados sucessores de Simão Pedro, martirizado em Roma, de quem Jesus disse: “tu és pedra e sobre esta rocha edificarei a minha igreja; as portas do mal não prevalecerão sobre ela”.
A partir de 995, o Vaticano, centro do poder temporal e espiritual do Catolicismo, definiu normas para a admissão de novos santos: a canonização, um processo em que é necessária a confirmação de alguns milagres, além da vida exemplar e da prática das virtudes cristãs.
A Igreja aceita a definição de “santo” (canonizado ou assumido pela tradição apostólica) e “beato” (que já está no Paraíso e pode interceder pelos mortais, mas, para isto, é necessária uma autorização especial) para mais de dez mil mortos em seu hagiológio cristão.
Além destes, existem os “servos de Deus”, personalidades que estão submetidas a um processo de canonização e os “veneráveis” (candidatos a santos oficiais a quem o papa reconheceu oficialmente a prática de virtudes heroicas – ou seja, que demonstrou força heroica para não renegar às qualidades preconizadas pela Igreja, mesmo com risco de tortura e morte).
Mas eles não estão sozinhos na comunhão dos santos. Todos os justos, que praticaram as virtudes cardeais e teologais, se reuniram corte celeste, de onde só deverão sair para recuperar seus corpos e torná-los gloriosos, do dia do juízo final.

Voltando aos santos padroeiros

No Brasil, a padroeira é Nossa Senhora da Conceição Aparecida, cuja festa litúrgica é celebrada em 12 de Outubro, feriado nacional desde 1980. A história conta que a população de Guaratinguetá, em outubro de 1717, decidiu fazer uma homenagem ao conde de Assumar, governante da capitania de São Paulo e das Minas, em trânsito para Vila Rica (atual Ouro Preto, Minas Gerais).
Os pescadores da cidade decidiram lançar as suas redes no rio Paraíba do Sul. Antes de colocar os barcos na água, os pesquisadores fizeram uma prece a Nossa Senhora, pedindo sucesso. Mas eles quase desistiram da pesca quando um deles, ao lançar suas redes, viu o artefato retornar com uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, mas sem a cabeça.
Na segunda tentativa, surgiu o restante da imagem (a cabeça estava envolvida em um lenço). Os pescadores uniram os pedaços, mas depois disto não conseguiram mais movê-la, em função do peso. Voltando a atenção à pescaria, retiraram tantos peixes que foram obrigados a retornar ao porto, para não naufragar. Esta foi a primeira intercessão atribuída à santa. Até 1717, a imagem de Nossa Senhora Aparecida permaneceu na casa de um dos pescadores, onde os moradores se reuniam diariamente para rezar preces e terços, fato que se repetiu por 15 anos, quando o vigário de Guaratinguetá decidiu erguer uma capela para devoção.
Como já foi dito, no entanto, cada localidade pode ter seu próprio santo padroeiro. É o caso do Estado de São Paulo (estado em que se situa a Basílica de Aparecida), que definiu o santo homônimo como seu patrono. Amapá, Maranhão e Ceará reverenciam São José. Nossa Senhora da Conceição protege os amazonenses e sergipanos.
O mesmo acontece em várias regiões do mundo. As santas padroeiras de Portugal são Nossa Senhora de Fátima (que apareceu para três crianças na Cova da Iria, em 1917) e Nossa Senhora de Fátima. Os oragos menores são Santo Antônio de Lisboa e São Jorge, que também é patronos das Forças Armadas. As regiões autônomas e as capitais de distrito também são protegidas por padroeiros diferentes.
Leia mais em Blogadão

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