Alex Régis
Vinte detentos fugiram após destruírem parcialmente o teto das celas onde cumpriam pena
Vinte detentos fugiram após destruírem parcialmente o teto das celas onde cumpriam pena
"Aquilo ali é fácil de quebrar como isopor. É um queijo suíço". As palavras são de Rogério Fernandes dos Santos em entrevista à TRIBUNA DO NORTE. O homem, que estava há nove meses no CDP enquanto aguardava o julgamento por um caso de assalto que cometeu, conversou com a equipe de reportagem na Delegacia de Plantão da zona Sul. Após a autuação, ele seria encaminhado novamente para as celas na Ribeira.
A fuga teve início por volta das 3h da madrugada de ontem, quando detentos começaram a destruir o teto para conseguir escapar do local. Presos da cela 1A e 2A fugiram sem que os agentes penitenciários de plantão percebessem a ação criminosa. Os primeiros detentos foram recapturados momentos depois na Praia do Meio pela Polícia Militar.
André Rodrigues Barbosa e Ricardo Bruno Baiense não conseguiram sem bem-sucedidos em manter-se longe das grades. Poucas horas depois, policiais militares do 11º Batalhão flagraram outros três fugitivos. Rogério Fernandes dos Santos, Gleidson Rodrigues de Oliveira e Kalivan Matias de Souza estavam fugindo da polícia no carro conduzido por Adailton Rodrigues, que também foi detido por suspeita de facilitar a ação criminosa. Os quatro foram encontrados na zona rural de Macaíba, em uma região conhecida como Traíras.
Permanecem foragidos: Fábio Marques de Oliveira, Francisco Luiz da Silva, Gilberto Ribeiro Paulino, Gilclécio Belarmino da Silva, Jackson Carlos da Silva, Jonas Nascimento Pinheiro, Jovane Silva de Macedo, Leandro Felix de Lima, Maxsuel Santos Rosendo, Rogério Germano dos Santos, Ronilson Abatt de Lima, Caliano Moura de Freitas, Leandro Teixeira Alves, Manoel Ananias Felipe Ferreira e Priscílio Cavalcante Nascimento.
A Polícia Militar permanece realizando diligências na expectativa de deter os criminosos. Dentre os foragidos, estão homens acusados de assaltos, tráfico de drogas e homicídios.
Fugas
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), responsável pela administração do Sistema Prisional, já contabiliza pelo menos 71 detentos fugitivos das suas unidades somente em 2012. Não há um levantamento oficial de recapturas. Uma contagem baseadas nas informações da Secretaria de Segurança e da Polícia Militar permite observar que menos de vinte homens foram colocados novamente atrás das grades.
Foi durante o mês de janeiro de 2012 que foi registrado a maior fuga da história do Rio Grande do Norte. Quarenta e um presos fugiram do Pavilhão Rogério Coutinho Madruga, na Penitenciária Estadual de Alcaçuz. Menos de duas semanas depois, apesar das promessas de "ação rápida" por parte do secretário de justiça, Fábio Luís Monte de Hollanda, outros seis detentos escaparam por um túnel cavado do pavilhão 1. Outras fugas e tentativas foram registradas na capital, como a que ocorreu no Centro de Detenção Provisória de Candelária, de onde escaparam outros quatros homens. Pela inoperância do Estado, os presos ganham novamente a liberdade para voltar a cometer crimes e amedrontar a população.
Marco Carvalho - repórter
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