O homem que é também chamado de Force Commander nos recebeu de forma bem simples sala da casa de seu tio no centro de Caicó, onde contou como foi parte de sua vida e trajetória militar até chegar a um dos mais importantes postos militares. Aos 55 anos, o Gal Ramos Pereira, disse que a missão é uma imensa responsabilidade e desde 2004 que o Brasil está na liderança da Missão. "Nós temos 19 países na missa da Onu em um país muito sofrido. A situação esta melhorando agora, mas precisa muito ser feito. Nós temos que ter muita paciência. É preciso entender a cultura do povo local", disse.
Ilmo Gomes
Comandante da Missão de Paz da ONU visita familiar em Caicó
Comandante da Missão de Paz da ONU visita familiar em Caicó
Uma das coisas que mais se destaque no país é a engenharia que os batalhões de engenharia do Brasil têm desenvolvido. "A nossa menina dos olhos, como sempre digo, é a engenharia, inclusive temos homens do Batalhão aqui de Caicó, lá atuando. Eles estão limpando canais, asfaltando ruas, reconstruindo o pais, nós reconhecemos a importância desse trabalho", relata.
A vinda a Caicó, não estava programa, até porque é difícil sair do Haiti neste período, por causa da mudança de comando que deve ocorrer em março deste ano. O general Ramos Pereira, deve deicar o posto para que outro assuma. O comando da Minustah é sempre para um brasileiro. "Eu tive que pedir uma autorização especial ao embaixador da Onu Mariano Fernandes. Esse é o período em que ocorre a troca de comando", afirma.
Indagado sobre os caminhos a serem seguidos e se ainda existia algum degrau a ser galgado na vida militar, o Geral Ramos Pereira, disse que estava feliz até onde tinha chegado e que estava pronto e a disposição dos seus superiores para assumir qualquer nova missão. "Sem falsa humildade, eu já recebi mais do que merecia. Deus me abençoou imensamente. O comandante do Exército sabe que minha missão termina agora em março e que eu estou pronto para o que me mandarem fazer", afirma.
Para assumir o comando da missa no Haiti, o militar tem que ter experiência em missões de paz. O general Ramos, esteve na guerra da Bosnia entre 1992 e 1993, como observador militar, e depois ficou adido militar em Israel. Antes disso foi comandante de um batalhão de infantaria no Rio Grande do Sul, e quando nomeado para a Minustah estava comandante do batalhão de brigada infantaria em Pelotas/RS.
Sidney Silva - Especial para a TRIBUNA DO NORTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário