Os milhares de divulgadores da TelexFree na Bahia já não estão mais órfãos de apoio do poder público. Ganharam um aliado de peso. Isso porque o deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN), que é presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, resolveu entrar no circuito em favor dos cerca de 100 mil baianos que investiram dinheiro no negócio e hoje vivem o maior dilema após o bloqueio das atividades da empresa. A primeira ação foi uma audiência pública realizada nesta quarta-feira (4) na AL-BA, onde o Bacelar reuniu empreendedores do marketing multinível, outros deputados e o procurador Ivan Machado, do Ministério Público do Estado.
O deputado João Carlos Bacelar garantiu que os investidores podem agora contar com a disposição da Assembleia Legislativa para tentar recuperar os valores que foram investidos. Disse ainda que poderão ser agendadas visitas aos estados onde há mais informações, a exemplo do Acre, Goiás e Espírito Santo, que poderão municiar a Câmara de Deputados para uma atualização na Lei que trata sobre marketing multinível.
"São pais de família que tiravam seu sustento, que tinham sonhos de uma vida melhor e viram tudo acabar da noite para o dia. Vamos estudar mais o assunto, investigar melhor, fazer as visitas necessárias e estar ao lado desses investidores que, em princípio, são consumidores de um produto (Voip) que não estão podendo usar", finalizou Bacelar.
"Será que o resto do mundo está errado e apenas o Brasil está certo?", questionou Tiago Marinho, representante dos divulgadores da empresa. Os empreendedores relataram na audiência que as operações da Telexfree, ou sistema de marketing multinível, continuam acontecendo em 50 países. "Estamos satisfeitos com a empresa que nos pagou sempre em dia. O que discutimos aqui é que fomos condenados e punidos sem sequer sermos julgados", protestou o empreendedor Givanildo Correia para em seguida acrescentar: "Estão se respaldando em uma Lei de 1951 para nos prejudicar enquanto o início da internet, que abriga a totalidade dos negócios do marketing multinível, é do final da década de 60".
Concomitantemente, nesta quarta-feira (4), a Câmara Federal instalou uma subcomissão especial para debater o marketing multinível com o objetivo de avaliar os limites à prática e diferenciá-la de pirâmides financeiras.
Fonte: Teia de Notícias
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