As
vítimas são quatro meninos de 7, 10, 12 e 14 anos, e um menina, de 5.
De acordo com a investigação, os abusos começaram há dez anos, com o
garoto de 14 anos. A
apreensão do suspeito ocorreu no sábado (11). Segundo o delegado
Vicente de Paulo Silva e Oliveira, responsável pelo caso, o adolescente
foi detido em flagrante, pois, dois dias antes, ele havia abusado dos
irmãos. O menor e os pais confessaram os atos à polícia.
Durante
essa apuração, a polícia recebeu a denúncia de que ele também estuprava
os irmãos. Por isso, há 15 dias, uma equipe do Conselho Tutelar foi
designada para acompanhar sigilosamente a família. Nesse período, o
delegado conta que não só comprovou os atos sexuais, como se certificou
da omissão dos pais.O
adolescente começou a ser investigado há cerca de um ano, mas por
outros delitos. "Ele já tinha passagem por tráfico de drogas e há um ano
começamos apurar também o envolvimento dele com furtos na região",
disse o delegado aoG1.
"A
conselheira, junto com a mãe, levou a criança menor, de 5 anos, a um
médico legista. Lá, ele comprovou que a menina havia sido violentada.
Mesmo assim, a mãe não esboçou nenhuma reação, agiu como se não tivesse
ocorrido nada. Nem pensou em procurar a polícia. Desde então,
confirmamos que ela e o esposo consentiam com os abusos", explica.
Medo
O delegado contou que todas as crianças confirmaram os abusos em depoimento. Segundo elas, um "enorme temor" as impedia de denunciar o irmão. As vítimas ainda disseram à polícia que os estupros ocorriam no quarto dos pais, quando elas voltavam da escola.
O delegado contou que todas as crianças confirmaram os abusos em depoimento. Segundo elas, um "enorme temor" as impedia de denunciar o irmão. As vítimas ainda disseram à polícia que os estupros ocorriam no quarto dos pais, quando elas voltavam da escola.
O
pai e a mãe são considerados desocupados pela polícia. O homem atua
informalmente em um ferro velho e ela como dona de casa. Para a prática
dos estupros, revela Oliveira, ambos deixavam o imóvel e iam caminhar
nos arredores da residência. "Os pais não explicaram o porquê dessa
atitude. Na verdade, eu acho que eles têm medo do filho", conta o
delegado.
Em
quatro anos respondendo pela delegacia de Piracanjuba, o delegado diz
que jamais presenciou uma situação tão absurda. "Nunca vi nada parecido,
é algo surreal. Fiquei estarrecido, pois o menor não demonstra nenhum
arrependimento ou amor pelos irmãos", diz.
Os
pais estão presos na cadeia municipal. Eles foram autuados pelo crime
de estupro de vulnerável na forma de omissão imprópria e podem pegar até
30 anos, caso sejam condenados. Já o menor está detido no mesmo local
em uma cela separada, à espera de vaga em um centro de internação. Ele
vai responder pelo ato infracional análogo ao crime de estupro de
vulnerável. As crianças foram levadas um abrigo e estão sob a responsabilidade do Conselho Tutelar.
FONTE: Sílvio Túlio-G1GO
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