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terça-feira, 3 de abril de 2012

Setor automotivo terá novo regime a partir de 2013

Brasília - Dentre as medidas anunciadas hoje (3) para aquecer a economia e ajudar a indústria nacional a enfrentar a crise econômica mundial, o setor automotivo ganhou um novo regime, para substituir o atual, que perde a vigência em dezembro deste ano. O novo regime, que terá validade de 2013 a 2017, inclui novas condições de habilitação para as futuras fábricas, além de incentivos. O objetivo é atrair investimentos para a produção de novos modelos no Brasil.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), haverá uma fase de transição entre os dois modelos.
Arquivo TNVovo regime inclui novas condições de habilitação para as futuras fábricas, além de incentivos
Vovo regime inclui novas condições de habilitação para as futuras fábricas, além de incentivos

De acordo com a proposta apresentada pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, na solenidade em que o governo anunciou medidas para aquecer a economia e proteger a indústria nacional, a meta é aumentar o conteúdo regional, medido pelo volume de aquisições de peças e insumos estratégicos. Outro objetivo é assegurar investimentos em inovação e o volume de gastos em engenharia e tecnologia industrial básica, com eficiência energética com etiquetagem veicular e a redução da emissão de dióxido de carbono.

Conforme a proposta, empresas que quiserem incentivos terão que apresentar um um projeto de investimento em novos modelos. Durante a construção de uma fábrica, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) recolhido sobre os importados gerará créditos tributários, que serão usados após o início da produção do novo parque fabril. O crédito será limitado a metade da capacidade prevista no projeto aprovado pelo governo. Haverá também cota de importação.

Neste ano, porém, não haverá qualquer alteração no IPI, e o incentivo para redução do imposto será condicionado ao esforço de produção e inovação a partir de 2013. A redução do IPI também será calculada com base no valor da compra de peças e materiais no Brasil. De acordo com a proposta, quanto maior a compra, maior o benefício, que será calculado em até 30 pontos percentuais do IPI.

Está prevista ainda no pacote a redução adicional de dois pontos percentuais no IPI para empresas que investirem em pesquisa, desenvolvimento e engenharia.

O vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Rogelio Goldfarb, que participou da cerimônia no Palácio do Planalato, disse acreditar que, ao longo do regime, quando se começar a desenvolver a tecnologia e o conteúdo locais e houver redução de custos produtivos, haverá ganho de competitividade.

"O objetivo desse regime não é o mercado neste momento, é desenvolver a indústria nacional automotiva e a inteligência automotiva. Acho que, nisso, ele cumpre muito bem o papel e é isso que vai gerar competitividade. A melhor maneira de proteger o mercado é desenvolver competitividade local", disse Goldfarb.

Paulo Cayres, diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ressaltou, entretanto, que o governo não pode limitar a política industrial a medidas de desoneração. "Desonerar apenas pela via da redução de taxas não é política industrial. É preciso pensar em avanço maior e levar em conta a produção brasileira como um todo e, principalmente, a questão da produção de inteligência e inovação", afirmou Cayres.

Via Tribuna do Norte
Com informações da Agência Brasil.

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