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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Rebelião em presídio de São Paulo tem mais de 60 reféns e dois presos mortos

Confusão já dura quase 24h na cadeia de Itirapina, no interior. Presos pedem extensão do período de visitas

Tropa de Choque chega para conter rebelião na Penitenciária de Itirapina

Tropa de Choque chega para conter rebelião na Penitenciária de Itirapina Tropa de Choque chegou a Itirapina por volta das 6h30 desta segunda (Foto: Maurício Duch) Clique para ampliar a imagem
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68 pessoas, entre idosos, gestantes e crianças, são mantidas reféns.
Dois presos foram mortos por outros detentos, segundo a SAP.

A Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo chegou à Penitenciária de Itirapina, onde uma rebelião ocorre desde as 11h do domingo (14), por volta das 6h30 desta segunda-feira (15). Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), 68 pessoas, entre idosos, gestantes e crianças, são mantidas reféns no local, que fica a 210 quilômetros de São Paulo. Dois presos morreram.

Pelo menos três ônibus e 10 viaturas da Tropa de Choque deixaram a capital durante a madrugada para conter a rebelião. Os policiais estão concentrados na frente da penitenciária e, por enquanto, não há acordo para encerrar o motim. No domingo, muitas viaturas da PM vieram de várias cidades para reforçar a situação. O helicóptero Águia também foi acionado. A assessoria de imprensa da SAP informou que não há ameaças a familiares e nem danos ao patrimônio.

Parentes passaram a noite do lado de fora do presídio e aguardam o desfecho da rebelião. O clima é de muita tensão. "Ninguém fala nada pra gente, é tudo família trabalhadora aqui fora querendo uma informação. A gente só quer saber o que está acontecendo lá dentro", falou a balconista Cintia Abe.

A Penitenciária de Itirapina tem capacidade para 210 presos no regime fechado, mas abriga 602. A mãe de um presidiário, que não quis ser identificada, disse que o incidente teve início quando uma visitante foi impedida de entrar por problemas na documentação. O marido dela teria ameaçado matar alguém como forma de protesto contra a penitenciária e, então, os detentos não deixaram mais ninguém sair do local.

A mulher, que foi liberada com a condição de avisar a imprensa, afirma que viu um preso carregando a cabeça de outro que teria sido decapitado no local. Segundo ela, o problema com a entrada da visitante foi apenas o estopim para que os detentos fizessem outras reivindicações como a presença de médicos, atendimento judiciário e a ampliação do horário de visita até as 16h. Atualmente, ele é encerrado às 15h. A Polícia Militar disse ainda que os detentos querem celulares.
Dois presos morreram e pelo menos 68 visitantes, incluindo idosos, crianças e mulheres grávidas, são mantidos reféns desde as 11h de domingo (14) por detentos da Penitenciária de Itirapina, no interior de São Paulo. Dois presos teriam sido mortos após desentendimento com outros detentos, informou a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).


O tumulto começou depois que uma mulher, que visitava o marido, foi barrada durante a revista na portaria. Ele protestou e teve início uma confusão. Os presos não deixaram os visitantes saírem da penitenciária.
Um funcionário do presídio, que pediu anonimato, disse que o que houve foi um desentendimento entre os detentos. "Não é uma rebelião", afirmou, acrescentando que as celas não foram depredadas nem incendiadas.
Os detentos querem que o horário de visitas seja ampliado até as 16 horas. Hoje, o horário termina às 15 horas. Além dessa reivindicação, os presidiários querem ter celulares, segundo a Polícia Militar, que também evitou falar em rebelião e confirmou a morte de dois detentos.
Os reféns continuavam em poder dos presos até a manhã dessa segunda-feira. A negociação com os presos para a libertação dos reféns é feita por policias militares e pela direção do presídio. Com capacidade para 210 detentos, a Penitenciária de Itirapina possui atualmente 602 presos.
Às 6h30 de hoje, foram acionados os soldados da tropa de choque da Polícia Militar. A SAP informou que a medida é normal neste tipo de ocorrência.

Fonte: Portal G1
*com Agência Estado

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